Homenagem a sabedoria Quântica.
Não queira saber quem eu sou, por não ser epistêmico, entretanto, recuso ser polimatheico.
Jamais busquei a heurística como defesa da hermenêutica, a vida inteira recusei a dialética de Hegel, por não aceitar a tríade como fundamento da tese.
Assim sendo, não tenho pensamento formatado, por não ter síntese, tudo que sou, apenas as reconstituições, não guardo na alma o passado, sem preferência pelo o instante.
Não tenho exegese por não ter proposições, então não me pergunte da minha sabedoria, porque não sou subjetivo, muito menos objetivo.
O que sou eu não sou, porque não tenho substrato, a minha mente projeta o entendimento do meu cérebro na fenomenalidade do objeto, deste modo, a análise tão somente a negação da compreensão, motivo pelo qual gosto de Kant.
Não sou nada pelo fato de ser apenas aproximativo, deste modo, funciona o meu mundo linguístico, entretanto, o meu fundamento cognitivo, sustenta-se nos princípios da Física Quântica.
A incerteza reina a minha cognição, motivo pelo qual não tenho razão logocêntrica, tudo que sei de fato não sei.
Não tenho habitat recuso ser o meu cérebro, pois o mesmo faz parte da minha interminável definição.
Com efeito, sou com complacência a minha incompletude, um milhão e duzentas mil pessoas em diversos paises viram os meus vídeos, outros milhões leram meus artigos e poemas, escrevo e penso da forma que devo escrever e pensar.
Sou terrivelmente exceptivo a minha própria crítica, deste modo, define idiossincraticamente o meu mundo apofântico.
Por favor não me enquadre em seu mundo, pois não tenho residência, sou um andarilho da imaginação, todavia, sem epistemologização, assim consigo negar o meu próprio tempo.
Gosto parcialmente da dialética de Marx, pois tenta solidificar o movimento, recusando a permanente contradição, não tenho boa aceitação as ideias de Heráclito, pois confunde a natureza com os princípios da transformação.
Defino-me pelo não saber, deste modo, a minha memória é destruída constantemente, sendo que a minha mente é reconstruída definitivamente na destruição.
Não sou nada além do que sou no meu eterno desmanche, sou profundamente incompleto, então não me pergunte quem sou, pelo fato de ser eternamente refeito, sou apenas a metamorfose relativa do meu ser destruído na reconstrução.
Sou por natureza incompleto, não tenho nem mesmo cognição, sou um ser sem exegese, pois não sou eu mesmo, o que sou tão somente a minha incompreensão.
Edjar Dias de Vasconcelos.