COLIBRIS
Um dia o céu se abriu
no Vale do Jiquiriçá.
Era uma claridade
de verão, as águas
calmas corriam
entre os vales.
O amor se fez carne,
viveu as doçuras
e as agruras de ser gente.
Dois anjos bons
de almas maternas
pousaram entre nós.
Eram colibris
de flor em flor
com suas asas angelicais.
Das suas cores
foram nascendo voos
e liberdades
em outras vidas;
das suas entregas
outras histórias.
Sob a proteção
das suas asas
havia acalanto
e serenidade.
Anjos de luz voam,
voam… caçam liberdades,
são da eternidade.