‘É difícil’
No décimo segundo andar do ano há uma mudança.
E porque não no primeiro, segundo ou quinto?
Há um arrastar de coisas, sentimentos; há dança.
Há uma esperança grudada no instinto.
No décimo segundo andar do ano há um rebuliço.
Onde a divisão do tempo é mais evidente.
Há um lavar roupa suja num quase cortiço.
Mas é que tudo depende quase só da gente.
No décimo segundo andar do ano há uma luz.
Que deveria ser vista no primeiro degrau da escada.
Talvez ficasse mais leve a nossa cruz.
No décimo segundo andar do ano há uma lição.
Há quem faz tarefas internas, limpa a sacada.
Há quem se estabaca por não usar elevador ou corrimão.
Uberlândia MG