A magnitude dos sonhos.
A alma canta no peito uma exuberante canção, guardando na cognição as belas recordações, esquecidas pelas intuições.
O que devo dizer além do soluço nos olhos, o tempo passado, a esperança negada no instante imaginado, a história não poderá ser repetida eternamente nos sonhos desejados.
O que foi então aquela luz distante pensada nas emoções, a não ser o sussurro das fantasias perdidas, a luz de hidrogenio apagada pelo lado oposto dos eixos.
O sol não cansa de girar pelas suas explosões, todavia, a outra banda escurece o azul do infinito, pergunto onde está o brilho das estrelas.
Entretanto, o novo hidrogênio apagará sua dor, o infinito por um instante não será mais escuro, tudo então repetirá para em seguida apagar, como se o universo fosse inteiramente sem sol.
A alma estremece o coração sem entender a distância do tempo, qual a esperança do novo azul, quando tudo ficou no passado.
Recordar é como se nada pudesse sentir, a não ser uma estrela voando no céu, na certeza de um novo paraíso, quais são os sinais da esperança.
Tão somente o tempo perdido, na cognição esquecida no silêncio da alma, apenas o sonho de um outro presente, todavia, a memória não foi reconstituída.
Deste modo, os olhos não verão o indelével encantamento.
Entretanto, quando chegar a nova madrugada, o sono será extenso, o sol nascerá tardiamente, outro dia não terá a mesma imaginação.
Tudo que sei o antigo sorriso acabará com a doçura dos vossos lábios, nesse instante será tarde demais, o sol não poderá desencadear um novo brilho.
Com efeito, a alma sentirá um gemido disfarçado, como se tudo fosse igual aquele momento distante.
Será tudo muito escuro e frio, não haverá mais hidrogênio, o peito sentirá a eternidade da sombra, sem repetir o silêncio da dor, perdida na magnitude esquecida dos nossos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.