LIVRO CIGANO

Estendo minha mão para a cigana

em pleno movimento da praça da Sé!

Ela dança com seus dedos

sobre as linhas de minha mão,

lendo em sua palma,

o futuro, passado e presente!

Mas o que mais, sem saber, ela me elucida,

e percebendo isto sinto toda a emoção,

que não foi a mão que capacitou a escrita,

foi a escrita, na palma, que escreveu a mão!

Mais do que o destino ou a linha da fortuna,

que a analfabeta cigana lia com seus olhos atentos,

percebi que minha mão, é o livro de minha vida aberto,

e que não a bela senhora cigana,

mas sim eu é que sou analfabeto!

Antonio Marchetti
Enviado por Antonio Marchetti em 19/12/2021
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