O encantamento da alma.
Você sozinha ali solitária, no seu canto, quanto a mim muito distante, fui lá algumas vezes e vi você, fiquei profundamente triste, muito melancólico , entretanto, tive que silenciar a dor da alma.
Senti o tremor das paredes a mais profunda solidão, você coberta pela escuridão, sem percepção, não poderia sentir o tamanho do sono.
Os anos passaram tive que construir outras cognições, entretanto, nunca esqueci da vossa pessoa, contemplei o vosso passado e senti o encantamento do seu sorriso.
Tantas outras pessoas também viram o vosso tempo passando, você mimetizando as recordações, todavia, relembro de tudo, do vosso encanto, da sua doçura, o esplendor da vossa ternura.
Algumas décadas depois, a distância vi por fotografias os últimos sinais, fiquei emocionado por entender o significado de cada instante.
A realidade naquele momento apenas ficção, eu sei o quanto fui importante para você, motivo pelo qual chorei.
Posteriormente, muito longe olhava a terra vermelha os sinais da representação, a nova hermenêutica, sei que lá estava guardada para eternidade, entretanto, a mais absoluta imaginação, foi deste modo, está sendo com a nossa genealogia.
Então pensei na vossa alma, nas noites de sonhos, hoje sei que tudo foi ficção, entretanto, ainda existem os sinais das proposições.
Olhava refletindo, dias e noites virão, até quando os sinais não farão mais sentido, talvez já não fizessem, muito provavelmente, sei que um dia aqueles sinais serão destruídos, quanto a mim, não poderei deixar a cognição presa ao tempo, com as mesmas exegeses.
Deste modo, a tristeza da interminável recordação.
Edjar Dias de Vasconcelos.