Soneto de estranha fera
Hoje sei que estranha fera em mim habita
E alimenta-se dos anseios que me assolam
Enquanto a fé e a esperança me consolam
Atiçam a sanha de uma louca que se agita...
Mas a sandice talvez seja a melhor parte
Do meu ser que vezes é frágil e hesitante
E se não fora a voz da tal besta instigante
Quedaria, fraca e indefesa, a minha arte.
Alguns julgam o meu "eu bruxa" libertino
Não veem que sigo apenas o meu destino
Nem entendem a liberdade dessa artista.
Que vê na escrita alento para desestressar
E usa as palavras no intuito de expressar
Tudo o que pensa e sente a fera intimista.
Adriribeiro/@adri.poesias