Soneto de estranha fera

 

Hoje sei que estranha fera em mim habita

E alimenta-se dos anseios que me assolam

Enquanto a fé e a esperança me consolam

Atiçam a sanha de uma louca que se agita...

 

Mas a sandice talvez seja a melhor parte

Do meu ser que vezes é frágil e hesitante

E se não fora a voz da tal besta instigante

Quedaria, fraca e indefesa, a minha arte.

 

Alguns julgam o meu "eu bruxa" libertino

Não veem que sigo apenas o meu destino

Nem entendem a liberdade dessa artista.

 

Que vê na escrita alento para desestressar

E usa as palavras no intuito de expressar

Tudo o que pensa e sente a fera intimista.

 

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 12/12/2021
Reeditado em 13/12/2021
Código do texto: T7405784
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