VIRTUDE
VIRTUDE
Alma deveras virtuosa,
ainda é uma raridade no mundo em que vivemos.
Mas a alma, ao fazer caridade a si mesma,
doa-se os bens morais, além de os semear em outrens.
No mundo inferior, as virtudes nas almas
pouco se destacam, porque os defeitos
lhes predominam nas consciências imorais.
Porém, as imperfeições são momentâneas nas almas.
Com os atributos que lhes são inerentes,
elas vivenciam experiências nas diversas fases evolutivas.
Pelo livre-arbítrio, então, elas escolhem
a senda que almejam seguir, segundo o próprio senso,
no qual lhes prevaleçam: as virtudes ou os defeitos.
Num mundo como o nosso, de provas e expiações,
se mesclam o bem e o mal, a virtude e o defeito,
o bom e o mau sentimento, nas razões inferiores.
Na senda evolutiva, todavia, não há regressão
intelecto/moral, mas apenas a estagnação temporária,
e após, o progresso contínuo do ser espiritual eterno.
Enquanto evolui, máxime na fase inferior,
a alma se ilude na prática do mal,
como se fosse um bem na razão ignara.
Em dado momento, pelo bom senso,
ela se corrige e desperta para uma nova realidade.
Quando então se prepara para regenerar-se.
Combate com veemência os defeitos.
E faz com que as virtudes
se ressaltem na consciência renovada.
Os defeitos, embora prejudiciais, são precisos
nas atitudes das almas que aprendem a melhorar-se.
Quando lhes causam danos, elas sofrem os efeitos,
mas também refletem e distinguem
os malefícios dos benefícios morais,
e optam, pela sensatez, em exercer as qualidades
virtuosas, que lhes propiciem
os avanços conscienciais regenerativos.
Só o evoluir paulatino, torna a bagagem da alma
menos defeituosa e mais virtuosa.
E sempre alcança o digno e edificante viver,
a alma que absorve e semeia virtude,
em prol de si e do próximo.
Conforme o modo distinto
da vida espiritual agir:
ora no corpo físico,
ora no corpo fluídico.
Adilson Fontoura