Um tempo distante das recordações.
Senti nos pés os sinais da solidão, em meus olhos o soluço das lágrimas, um olhar perplexo a escuridão, de onde venho, qual foi o caminho escolhido, a dor da hermenêutica.
A alma presa ao desejo dos sonhos, mundo apolíneo como se no futuro o presente pudesse ser, desde modo, foi a gratidão, hoje então entendo, o destino da contemplação.
Se pudesse ser, caminharia por algum trilho o qual levasse a luz de hidrogênio, revivendo ao diatribe exegético, contaria a você os segredos murmurados a um tempo distante, esquecidos no futuro, como se a escolha fosse correta, muito tarde o caminho imaginado.
Muito bom se o amor fosse eterno, se a incandescência permanecesse ao desperta da madrugada, se o olhar fosse assertórico.
Você entenderia a esplendor do afeto, a trajetória das recordações, como se fosse possível reviver as ilusões, o substrato percorrido ao indelével mundo dos sonhos.
Então esperaria o tempo oportuno, antes de dormir acordaria, imaginando o sorriso perdido na face do rosto aquecido pelo brilho do sol.
Com efeito, pensaria, refletindo, o que foi a distância do tempo, tão perto foram os dias pensados, negando qualquer possilidade dos belos desejos ao raiar do novo infinito.
Deste modo, como se nada tivesse acontecido, tamanha maldade, qual o caminho, a escolha do vosso habitat refletido, o ágape a fortiori as tempestades.
A partida o futuro em um instante, tudo que sei o tempo distante, uma onda de ar ao tempo recordado, nas emoções propositadas ao vosso animus no arquétipo psicanalítico.
Apenas a vossa presença dentro da alma sentenciada, os últimos sinais, amanhã a continuidade da esperança ondulada ao tempo das recordações.
Edjar Dias de Vasconcelos.