ORFANDADE
Pensemos nos órfãos
Com suas almas tatuadas
A chorar sem entender
Sobre fascínios fúnebres.
Pensemos nos órfãos
Com destinos escorregadios,
Chorando sobre retalhos de madeira em cruz,
Buscando ilusória proteção.
Pensemos nos órfãos
Recrutando mistérios
Para derramar seus desconsolos
E segredar o destino das ausências.
Pois o pavio impotente da existência
Não susteve o que era luz.