Desencontros
É certo, mais do que certo!
A poesia sobrevive esfacelada,
deturpada e angustiada, vive a poesia.
É certo, mais do que certo!
Não existe rima nas canções que idealizo,
neste amor que me sufoca,
todos os sonetos se esvaem entre meneios!
Na vida que me abandona, não existe rima.
Nem nos nossos encontros e desencontros
existe poesia, é certo, mais do que certo!
Estou confuso na construção de novas poesias,
nessa tarde de incertezas, entre tantas melancolias.
É certo, mais do que certo!
Todos os descaminhos dessa vida, passando, passando,
sobressaltada pela ausência permanente,
desses versos que me abandonam, é mais do que certo!