O brilho de um sonho perdido nas ilusões das fantasias refletidas.

Eu sabia tudo, tudo mesmo, a respeito das vossas ilusões, então jamais acreditei que o instante fosse o passado, muito menos que o presente pudesse ser o futuro, deslogrocentrizei a cognição.

Compreenda o soluço da alma.

Sempre soube que o tempo é a ilusão do passamento, a única realidade possível a ideologia das interpretações, os fatos não existem, deste modo, a mentira silenciava a minha alma, não buscaria outro caminho, pelo fato de qualquer trilho levar a mesma montanha.

A reconstrução seria impossível devido suas impulsões.

Com efeito, os meus olhos silenciavam de lágrimas , a doçura dos meus lábios que sentiam a incandescência das estrelas, entretanto, o brilho a escuridão do mesmo sol, o que sobrou a magnitude da ilusão.

Por que teria que recordar se o futuro sempre foi o presente negado, o passado a ausência do velho instante.

Com efeito, não escutei a voz das minhas emoções, efetivei a magnânima descoberta, você enganou tão somente a vossa pessoa.

Refleti a heurística da dialética tríade de Hegel, descobri a não existência da identidade, assim sendo, não haveria razão de sentir o passado sendo superado, muito menos a obrigação de compreender a negação do presente na desconstrução do futuro.

Entendi suas mentiras, epistemologizei a vossa sapiência, a grande descoberta foi saber da motivação das vossas proposições.

Sei que o mundo não é apenas dionisíaco, deste modo, não precisei preocupar com o seu sorriso apolínio, quanto a mim, pisei soçobrando em pedras pontiagudas.

Sempre fui epistêmico, apesar da minha mimética cognitiva, não fiquei espantado, já sabia da perdição do vosso encanto, hermeneuticizei suas intenções.

Deste modo, o vosso olhar não apodítico desvencilhou meus sonhos, aceitei o vosso sorriso para entender o tamanho do engodo.

Hoje caminho pelo infinito procurando superar a cor do universo, entretanto, não sei energizar as flores do mundo, imagino ser falha da minha exegese, entretanto, sei ficar distante das recordações.

Vejo acima das nuvens o novo sol, contemplo o seu hidrogênio, sem esquecer os desejos que estão escondidos na alma perdida de quem sempre sonhou.

Aprendi a sorrir com os lábios feridos, com o rosto coberto com a mais indelével ternura.

Os pés ficaram longe do trilho que levaria a exuberante montanha, as mãos foram cortadas, pelo tempo que apagou a substancialidade do encanto, amanhã quando eu perder a minha própria pessoa, entenderei no delírio das intuições, que tudo ficará perfeitamente certo.

No entanto, jamais perderei o brilho do sol, todavia, você nunca sonhou apenas imaginou seus desencantos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 29/11/2021
Reeditado em 29/11/2021
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