Já sabia tudo a respeito do futuro.
Eu nunca acreditei, não poderia acreditar sabia que isso era mentira, sei como funciona a cognição, entretanto, silenciava não havia outro caminho, restando a minha pessoa o Phainómenon grego, as recordações.
Então não pense que fui enganado, estudei a epistemologia aristotélica, conheço o princípio de identidade, entretanto, não menti, todavia, entendia suas proposições.
O mundo não é idílico, os fatos não existem são interpretações, a verdade é uma questão de método, ja conhecia sua intenção.
O meu mundo é epistêmico, compreendo a metalinguagem, entretanto, sou mimético, não fiquei surpreso, ja sabia qual seria o futuro.
Deste modo, o vosso saber apodítico não me convencionou, aceitei a dialética tríade para poder te entender.
Hoje caminho pelo infinito procurando compreender o mundo cosmofísico, gosto do azul, todavia, não sei interpretar a cor amarela.
Porém, sabia quem era você, a vossa esperteza, razão pela qual não me iludi, sei como é a a sua hermenêutica, a minha exegese é outra.
Então, vejo o sol, contemplo um novo hidrogênio, procuro me esconder entre as paredes, a forma que tenho para não queimar corpo, o meu saber é heurístico não deixarei perder me pela vossa incandescência, aprendi olhar e sorrir com os lábios feridos.
Entretanto, a história poderia ser outra, o mundo seria melhor, os pés mancharam os trilhos, a montanha ficou distante e cheia de pedras.
Perdi o brilho dos olhos, a alma soluçou de tristeza, o coração sem a doçura contemplativa, entretanto, prevaleceu dentro da minha substancialidade o encanto dos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.