A superação das ilusões.

Como fui acreditar nesta história que me contaram, palavras são palavras, o resto uma nuvem subindo ao infinito, desejando superar o velho cosmo, enganando os sonhos.

Quanto a mim bobamente aceitei os sinais do tempo.

Todavia, o universo frio, escuro e desértico, a cor do espaço o reflexo dos vossos olhos.

Como se a infinidade tivesse alguma finalidade, o azul tão extenso como a imaginação construtora do paraíso.

Estudei Filosofia pura, como também tenho formação em Psicologia, sei o mecanismo que faz o cérebro funcionar.

Você é o seu habitat, razão pela qual não acredita em minhas palavras, aquela menina que perdeu a coloração dos olhos.

Motivo pelo qual pensa que sou ainda a desilusão dos seus sonhos.

Todavia, conheço a não logicidade cognitiva da vossa linguagem, entretanto, acreditei que o vento pudesse conduzir os papeis que floriram com ternura o vosso encanto.

Razão pela qual resolvi substanciar a tempestade, entretanto, os sinais das nuvens não colonizaram o vosso solo.

Então pensei como deveria ser a sua pessoa, se o vosso olhar era perplexo diante do tempo contemplativo.

Acordei era muito tarde, a madrugada tinha exaurida, apesar do sol ter sumido, estava no ar o hidrogênio, perguntei então as sombras da minha memória, porque ainda estava preso neste imenso solo improdutivo.

Talvez pelo simples fato por acreditar na chuva, imaginando que a terra fosse regenerativa, hoje sinto a dor consubstanciada em minhas ilusões.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/11/2021
Reeditado em 24/11/2021
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