A superação das ilusões.
Como fui acreditar nesta história que me contaram, palavras são palavras, o resto uma nuvem subindo ao infinito, desejando superar o velho cosmo, enganando os sonhos.
Quanto a mim bobamente aceitei os sinais do tempo.
Todavia, o universo frio, escuro e desértico, a cor do espaço o reflexo dos vossos olhos.
Como se a infinidade tivesse alguma finalidade, o azul tão extenso como a imaginação construtora do paraíso.
Estudei Filosofia pura, como também tenho formação em Psicologia, sei o mecanismo que faz o cérebro funcionar.
Você é o seu habitat, razão pela qual não acredita em minhas palavras, aquela menina que perdeu a coloração dos olhos.
Motivo pelo qual pensa que sou ainda a desilusão dos seus sonhos.
Todavia, conheço a não logicidade cognitiva da vossa linguagem, entretanto, acreditei que o vento pudesse conduzir os papeis que floriram com ternura o vosso encanto.
Razão pela qual resolvi substanciar a tempestade, entretanto, os sinais das nuvens não colonizaram o vosso solo.
Então pensei como deveria ser a sua pessoa, se o vosso olhar era perplexo diante do tempo contemplativo.
Acordei era muito tarde, a madrugada tinha exaurida, apesar do sol ter sumido, estava no ar o hidrogênio, perguntei então as sombras da minha memória, porque ainda estava preso neste imenso solo improdutivo.
Talvez pelo simples fato por acreditar na chuva, imaginando que a terra fosse regenerativa, hoje sinto a dor consubstanciada em minhas ilusões.