NÃO BASTA CRER

 

Acreditar,

Eis o mistério humano,

Eis a aventura do viver,

Eis a energia das ações.

 

Até a verdade,

Que presumimos única,

Transforma-se em relatividade,

Se o condicionamento do simples crer se impõe.

 

Que nem falemos,

Da metamorfose das convicções,

Quando os intentos individuais se impõem,

E a fé está vestida de interesses.

 

Ignoremos igualmente,

A força da fé em mover montanhas,

Alheias a iniciativas, ações e atitudes,

Essa apenas justifica a preguiça.

 

Refuto convicções feitas de maquiagem,

Que escondem a ignorância reconhecida,

A inércia vadia assumida e teimosa,

Tudo bem mascarado por falsa fé.

 

Jogo minhas cartas nas consequências da lida,

Até a sorte deixo bem quieta num canto qualquer,

O azar deixo por conta dos vitimados costumazes,

Eis que quando mais trabalho, mais sorte tenho.

 

 

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 22/11/2021
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