NÃO BASTA CRER
Acreditar,
Eis o mistério humano,
Eis a aventura do viver,
Eis a energia das ações.
Até a verdade,
Que presumimos única,
Transforma-se em relatividade,
Se o condicionamento do simples crer se impõe.
Que nem falemos,
Da metamorfose das convicções,
Quando os intentos individuais se impõem,
E a fé está vestida de interesses.
Ignoremos igualmente,
A força da fé em mover montanhas,
Alheias a iniciativas, ações e atitudes,
Essa apenas justifica a preguiça.
Refuto convicções feitas de maquiagem,
Que escondem a ignorância reconhecida,
A inércia vadia assumida e teimosa,
Tudo bem mascarado por falsa fé.
Jogo minhas cartas nas consequências da lida,
Até a sorte deixo bem quieta num canto qualquer,
O azar deixo por conta dos vitimados costumazes,
Eis que quando mais trabalho, mais sorte tenho.