A magnitude dos sonhos.
Tenho vontade de deixar a vossa pessoa, esquecendo minhas ponderações, subindo solitariamente ao infinito, para nunca mais te ver, entretanto, sinto frágil para superar a longitude do universo.
Se conseguisse ser o ar, o sonho que tenho, não teria ferimento na garganta, não sentiria meus lábios rachar, deste modo, não sofreria a dor do sorriso, você desrespeitou o vosso silencio.
Queria poder sentar sobre uma nuvem deixando o tempo me levar, superando o hidrogênio para poder viver em outra galáxia.
Meu sonho poder sentir o frio desértico da escuridão, o infinito perdido ao meio das ilusões, queria então esquecer da sua existência.
O meu desejo ficar longe deste mundo abobado, ser em minha pessoa a própria solidão, gostaria de entender o insignificado das insignificâncias.
Superar então a dialética deste mundo bestializado, entretanto, não tenho força para subir ao infinito, entrar na órbita da anti matéria, meu desejo ser o vazio das minhas recordações.
Tudo que quero ser o vosso esquecimento, superando o olhar perplexo do seu coração, sinto frágil e pequeno, descendo ao velho trilho de uma grande montanha, em baixo das pedras, sendo adubo da vossa existência.
Não teria mais a incandescência do rosto derretido pelo tempo, sentiria apenas a vontade dos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.