Noites cúmplices
Ela conhece a intimidade dos meus pensamentos
e é cúmplice de meus mais recônditos devaneios
olha nos meus olhos abertos, pupilas dilatadas
e escuta o acelerar desconexo dos meus batimentos.
Ali, deitada comigo, de mãos dadas
acompanha as noites sôfregas de escuridão
e os sonhos irrompidos pela ansiedade
por dias que sabidamente não virão.
Insônia, minha inimiga de todas as noites
ninguém sabe mais de mim do que tu
e eu, solitária, também te acompanho
pelas noites em claro, acordada em vão.