ENSIMESMADO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Nesta vida o que é que o ser humano faz no grito?
Diante da corrupção do corpo...
Da alma, do bolso e do espírito...
Ensimesmado, acabrunhado e quase morto?
É o fim de tudo que fica para trás?
O início, o meio, o fim da estrada percorrida?
O início, o meio, o fim de que? de sonho aqui jaz?
Fim da razão do ter e do ser ensimesmado à vida?
Nesse cenário tudo tem o início, o meio e o fim.
Chorando, cantando e entre um e outro sorrindo.
Entre pedras e espinhos nascem flores, tudo enfim.
E o ser apenas percebe que o caminho se vai indo.
Ou o início, o meio e o fim, estar por vir?
Será que o ser falta pagar aqui algum pecado?
Assim sendo, por que ainda ele está aqui?
A pergunta fica sem resposta e o ser ensimesmado.