SOMOS TODOS EXILADOS
Lembrando Cazuza:
"Dispara contra o Sol essa metralhadora cheia de mágoas"...
Não tem que ver Garcia Márquez
com a sua sentença de,
sem perdão,
"Cem anos de solidão"
para quem jamais terá outra oportunidade sobre a face da Terra.
E o que mais Garcia nos faz?
Aceitar que, a qualquer tempo e em qualquer lugar,
o porvir há de chegar,
tal qual
"Uma morte anunciada".
Mesmo antes do epílogo esperado,
inda falou de
"Orgulho e preconceito".
Nada mais imperfeito para quem quis seguir a vida
falando de um seu inusitado amor:
"Amor, nos tempos de cólera".
Na verdade, se é verdade,
somos todos exilados,
ou afins ex-ilhados
- início, meio e fim -,
cercados de amor, fé e esperança,
manchados de desamor, mágoas e traumas,
ora portadores indiferentes,
ora carentes cada vez mais
de recalques diferenciais,
por todos os lados.
(fernandoafreire)
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Inspirado no texto: "Exilado"
De: Luiz Eduardo Ferreira
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