Anoiteceu

Havia já anoitecido!

Ainda assim, amargurado

solapava a paixão do jovem, quase adulto,

na comiseração do quarto em luto.

Ternamente tudo se assumira.

Era corpo de donzela o que vivia,

acalentando a solidão desconforme.

Não era noite que acontecia!

Era dia claro que se escondia!

Daquela casa, um quarto só

exalava tudo, até sonhos errantes.

Tanto amor já não cabia!

A dor assumida se rendia.

Na ilusão tácita, incontida,

sobejada de tanta nostalgia.

Não era nada, só vida sem esperança!

A tudo um sono só bastava.

Era sonho, sonhado em tarde quente.

Era motivo apenas, simplesmente.

JTNery
Enviado por JTNery em 09/11/2021
Reeditado em 09/11/2021
Código do texto: T7381788
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