Essa vida!
Essa vida!
Reflito entre idas e vindas da vida,
entre tempos que passam, passando destoantes,
levando meus sonhos, deixando tantos tempos...
Cada dia é um dia a mais, nesses tempos findos.
Sei que vivi muitas vidas entre amores e desamores.
Sei que errei por estradas, me perdi entre tempos.
Que vida? Ah, a vida é o tempo que se vivi!
Vida é a que se tem, a que se vive, entre sonhos...
Estou aqui refletindo esses tempos que me resta.
Cada dia é um sopro, uma nova vida, nada mais.
Não reviverei novos tempos! O tempo passou!
(O que passou, passou!)
Chega dessas lembranças que só atormentam...
Viver a vida que resta, essa é a vida! Pronto!
Perder-me entre desejos, entre medos, não, não mais!
Só viver, respirar, contemplar sem medo cada dia.
Esse é o tempo que tenho, talvez pouco mais.
Muitos foram os sonhos que sonhei.
Tantos amores e desamores, tantos descaminhos,
(quem me dera mais! Mais?)
Andanças tive entre perdas e danos...
Essa foi a vida que vivi. Essa vida, para que mais?
Tantos erros e descaminhos, só eu sei!
Quantas viagens sem destino, tantos mares e amares!
Quanto tempo, quanto medo, quanto sei lá o quê mais!
Essa é a vida que se vive, a vida que me restou viver!
Nada de prantos! Nada de queixas!
Pouco tempo, quase nenhum nesses meneios...
O que resta é esse tempo, não há mais!
Fui por aí nessa vida... Não há mais!