76°
Moça, tua beleza encanta
Mas não quero a magia do encanto
Quero uma amizade antes de tudo
Não quero ser o fruto das suas ilusões
Seja honesta no que sentes por mim
Não quero sofrer mais uma vez
Estou na defensiva por causa da banalidade
Não quero que seus atos sejam covardes
Diga até onde vai esse desejo
E se pretende sair do campo da paixão
Não sei se suportarei mais uma partida
Eu estou enfrentando meus demônios
Não quero que eles voltem a me atormentar
Seja sincera com suas intenções
Se quiser uma noite de prazer
Farei o possível para lhe satisfazer
Mas se o intuito for me enganar
Peço que se desarme e siga outro caminho
Sua carência não pode colidir com a minha
Não quero sentir o gosto do fracasso
Se quiser se deleitar na minha presença
Que venha, mas seja breve
Se não tiver a intenção de ficar.
Otreblig Solrac - O poeta burro