FLUIDOS DA ALMA
Minhas loucuras tem vida
Me vejo no poço refletindo
Vibrando com minhas sandices
Estúpida seria se não sorrisse
Em silêncio fala com ousadia
Ordenando olhares em lágrimas
Em lambidas degusta a salobra
Nas estreitas da sombra negra
Sacudindo fica a memória
Namorando o que tem no peito
Olhos de minha face
Olhos que me deram paz
Olhos que reluz lá embaixo
Olhos que trinca o ego
Retratando real história
Poço que cativa
Ecoando o grito da sede
Bebendo em gotas a saudade
Tirando cantigas ao solo
Fonte chorando baixinho
Dos olhos água pra beber
Sede sedenta saciando a boca
Na garganta o grito do gozo
Desta vida que mata a sede
Lastimando vendo no espelho
A prudência nos olhos caírem
Poço que jorra meus olhos
Trazendo a boca fluidos da alma.