ABSTRATO
Se o passado me condena
Eu não ligo
Tenho muito a prender
Aquilo que fiz
E o que ontem vivi
Foi um esboço
De quem hoje sou
Não me importo
O que digam e pensam
São almas pobres
De sabedoria
Apegadas ao preconceito
Concebido ao longo
De uma ignorância
Sombria e sem amor
O quadrado tem quatro lados
Uma porta uma janela
Por onde tem passado
O tempo e o conhecimento
A todo ser humano
Poucos tem evoluído
Muitos tem se perdido
Em seu ego solidão
Se a historia registra retórica
Pobre seja o mundo ouvinte
Eu por ora sou resiliente
Sigo adiante sem atropelo
Lento e silente
Incógnito ao vento errante
Como sombra ao meio dia
Sem temor ao que vier
Se condenado pelo homem
Então livre estou