PINGANDO ORVALHEIRA

Soltando essência/

Sorrindo aos espinhos/

Doces beijos molhados/

Pingando a orvalheira.

O nascer com ousadia/

Não usufrui meio-dia/

Chorando as pitangas/

Curvando-se ao chão.

Na maciez do desabrochar/

Na beira do poço a vida/

Em minutos se floriu/

Despedindo em poucas horas.

Dama da noite/

Beleza em plena madrugada/

Partiu ao pôr do Sol/

Deixando restos no chão.