O mistério do existir
Entre o verbo, a carne e o pó,
De onde vem essa força
Que conduz a fragilidade da vida?
Ó, homem,
Onde reside tua complexidade?
Na alma subjetiva – um fruto divinal –
Ou na inexorável concretude da ciência
- Química do teu ser?
Na grandeza que há
Entre o céu e a terra,
Onde o infinito
Se contempla em tua finitude
Sem nunca se bastar!
Na angustiante tarefa de ser só,
Da irredutível condição de ser
À condição de não ser.
Entre o verbo, a carne e o pó,
Para onde vai essa força
Que conduzira a fragilidade da vida?
Tal como a areia do mar,
Segue para tornar-se
Um granulado cósmico...