O mistério do existir

Entre o verbo, a carne e o pó,

De onde vem essa força

Que conduz a fragilidade da vida?

Ó, homem,

Onde reside tua complexidade?

Na alma subjetiva – um fruto divinal –

Ou na inexorável concretude da ciência

- Química do teu ser?

Na grandeza que há

Entre o céu e a terra,

Onde o infinito

Se contempla em tua finitude

Sem nunca se bastar!

Na angustiante tarefa de ser só,

Da irredutível condição de ser

À condição de não ser.

Entre o verbo, a carne e o pó,

Para onde vai essa força

Que conduzira a fragilidade da vida?

Tal como a areia do mar,

Segue para tornar-se

Um granulado cósmico...

Eduardo Duarte
Enviado por Eduardo Duarte em 02/11/2021
Código do texto: T7376715
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