XÍCARA DE CAFÉ
A rua está deserta
O palco está tristonho
Na beira do caminho
O artista traduz o roteiro...
Ah! Vida que segue as estreitas
Trazendo risos e choros
Na cadeira descansa os pés
Passando as escritas da cena
Num gole de café
Deixando essência rolar aos ventos
Surge a doce magia
Cantada a beira da estrada
O teatro chora com as cortinas
O assento cativas o olhar...
Chorando ficam os olhos
Vendo o tempo passar
Nada mais é frio
Nada intimida a alma artista
Quando o frio corta a pele
Fecha a cortina para chorar.