A SOCIEDADE

A sociedade está doente, enferma, estamos, substituindo um mundo real, por...

Um mundo de alucinações, e de inquietações..., gananciosas pelo ter, sepultando,

O ser nos seus ideais, vastas transitoriedades diante da vida preenchendo lacunas...

Severíssimas, o que nos tem propiciado..., multidões, de indivíduos metaforizados!

Abrem as portas às utopias, criam nas suas teses as sociedades de seus sonhos.

Fatiando-as, e assistindo a grupos, e indivíduos, virando as costas para o coletivo!

Horas vivemos numa histeria coletiva,e nos amordaçamos, deixamo-nos amordaçar.

A sociologia grita seus verbos, porém todos seus conceitos esvaem-se pelos ralos...

Numa sociedade hodierna de solidões coletivas de pessoas frias, megalomaníacas.

Uma dessas feras, as mídias, comercializam a alma, a honra, e os Ibopes sociais,

A disseminar, os cânceres morais, e as gravíssimas metástases nessa sociedade!

Os medos..., e as incompreensões, as indiferenças, as agitações, as intolerâncias...

A defrontar as verdades com as euforias e trombando com os choques de realidade.

As sociedades constituem-se num grande hospital somos seus herdeiros legítimos,

A dar as caras com as solidões, as depressões, e abastados, de coisas materiais!

Contudo, infelizes, paupérrimos de sentimentos, zelos, e de gostos reais pela vida!

As moedas fazem suas algazarras, jogam os confetes, compram coisas e pessoas,

Todavia, não compra, jamais a felicidade, e o amor próprio, e nem a paz de espírito!

Urgentíssimamente, e necessário, os poetas..., precisam..., escrever mais poesias.

Albérico Silva