Amaterazu
Nos rastros da minha presença
A nudez expectorada do olhos
Que conhece a intimidade
Está cicatrizada na memória
Meus músculo ainda busca
Teus lábios involuntários
Em decepções do instinto
Transitando entre a falta e a carência
Ainda se lembra do personagem vulgar
Embaixo de teu sintoma, no tato fixo
No texto escorrido da língua ao ouvido
Naquilo que me projetas e realizas
A carne ímpar, limada pelos dentes
Expandir e amaldiçoar da boca para fora
Enquanto a sobrevida em turbulência
Cadência uma pátria esfolada em ancas que se beijam
Bebo da carne debaixo de tuas unhas
São meus restos que foram tiradas
De quando conhecias meu corpo
Na vivacidade do desejo
Minha boca borrada em teus fluídos
O rancor se perde na cicuta
O que preenche estigma-se em dor
Deletérios por tuas leves mãos, sou alvo
Tu: Boca e dedos em pulsos
Eu: Dentes na carne irrompida
Eles: Teus cânticos de amantes
Para a condenação ou não
O resíduo, há uma américa sem família
O transparecer, posto e mendigado
Nos mares de mãos, línguas e dentes
O querer que me solva dentro do teu câmbio