O sabiá mora logo ali
O sabiá bateu em minha porta
A cantar uma reza forte
E quando despertei meu sono
Eu não sei como nâo chorei
Ele mora logo ali, diz a sinhá
Naquela videira trepadeira
Eu vi quando pousou
E depois voou por cima de nós
Cairam sementes de uva
A se espalhar no meu quintal
Molhadas pelos pingos da chuva
A renovar meu chão
E ouvi mais um vez
A vir do canto, o canto santo do sabiá
Que pousado no telhado
Orava sem cessar