A intuição da cor do universo.
Um dia eu sonhei, havia uma luz no infinito, fazia o dia ficar claro, meus olhos sentiram o brilho do sol.
Com o tempo, uma enorme nuvem encobriu o brilho da luz, o universo ficou escuro e frio, o mundo desértico.
Então disse tenho medo do azul do infinito encoberto, a noite muito longa, não chegava a madrugada, quando imaginei o cosmo será coberto pelo infinito desértico.
O campo vai secar o gado morrerá de fome, não haverão leite e picanha, o peixe transformará em estátua de gelo.
Dormia pensando na escuridão, o sol não vai nascer, o que será da alma quando o corpo apodrecer.
Queria acordar deste imenso pesadelo, todavia, a cognição tinha perdido a lógica dialética da compreensão do silêncio.
A noite muito longa, a madrugada distante, as estrelas apagadas, quando pensei será que Deus está dormindo.
O infinito encheu de raios, as descargas caiaram no chão, o gado morreu, escuridão não passava, ao terminar a madrugada o sol não nasceu.
Muito frio, tudo estava congelado as lágrimas dos olhos, a doçura dos lábios, por fim, a ternura inefável da face do rosto.
Era outro dia, o sol não brilhava, entretanto, o infinito ainda era azul, porém, a cor do universo não era mais perceptível.
Era a continuidade da madrugada perfilada no reflexo do hidrogênio exaurido, era possível apenas o medo, o azul não será mais reconstituído.
A tristeza dos sonhos.