A intuição da cor do universo.

Um dia eu sonhei, havia uma luz no infinito, fazia o dia ficar claro, meus olhos sentiram o brilho do sol.

Com o tempo, uma enorme nuvem encobriu o brilho da luz, o universo ficou escuro e frio, o mundo desértico.

Então disse tenho medo do azul do infinito encoberto, a noite muito longa, não chegava a madrugada, quando imaginei o cosmo será coberto pelo infinito desértico.

O campo vai secar o gado morrerá de fome, não haverão leite e picanha, o peixe transformará em estátua de gelo.

Dormia pensando na escuridão, o sol não vai nascer, o que será da alma quando o corpo apodrecer.

Queria acordar deste imenso pesadelo, todavia, a cognição tinha perdido a lógica dialética da compreensão do silêncio.

A noite muito longa, a madrugada distante, as estrelas apagadas, quando pensei será que Deus está dormindo.

O infinito encheu de raios, as descargas caiaram no chão, o gado morreu, escuridão não passava, ao terminar a madrugada o sol não nasceu.

Muito frio, tudo estava congelado as lágrimas dos olhos, a doçura dos lábios, por fim, a ternura inefável da face do rosto.

Era outro dia, o sol não brilhava, entretanto, o infinito ainda era azul, porém, a cor do universo não era mais perceptível.

Era a continuidade da madrugada perfilada no reflexo do hidrogênio exaurido, era possível apenas o medo, o azul não será mais reconstituído.

A tristeza dos sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/10/2021
Reeditado em 24/10/2021
Código do texto: T7370314
Classificação de conteúdo: seguro