Sou eu, invisível?

Voz sem som, cor da pele;

Ser que não ser,

"O que fazer macaco?".

Sintomas persistem, procede?

Mãos pretas, sujas, avermelhadas, dizer?

Nada, silenciosamente lombo marcado.

Cabeça baixa, humilhante, ordem.

Sujeito invisível, é preto!

Corri, apontei, miserável, bandido.

Artista, a raça, sou gente.

Pensamento otimista, sempre imponente;

Ideia mesclada, nem preconceito;

Se há, tenho direito!

União, paz e fraternidade.

Indivíduo liberto, com igualdade.

Fale baixo comigo, e respeito!

Sinto e lamento, mas não sou o seu preto!

Carlos A. Barbosa

Carlos Alberto Barbosa
Enviado por Carlos Alberto Barbosa em 19/10/2021
Código do texto: T7367147
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