Sou eu, invisível?
Voz sem som, cor da pele;
Ser que não ser,
"O que fazer macaco?".
Sintomas persistem, procede?
Mãos pretas, sujas, avermelhadas, dizer?
Nada, silenciosamente lombo marcado.
Cabeça baixa, humilhante, ordem.
Sujeito invisível, é preto!
Corri, apontei, miserável, bandido.
Artista, a raça, sou gente.
Pensamento otimista, sempre imponente;
Ideia mesclada, nem preconceito;
Se há, tenho direito!
União, paz e fraternidade.
Indivíduo liberto, com igualdade.
Fale baixo comigo, e respeito!
Sinto e lamento, mas não sou o seu preto!
Carlos A. Barbosa