PATERNIDADE

Teu mandamento que não manda: pede, orienta. Óh, "amai uns outros, como eu vos amei." -Negro Nagô pediu para lembrar! Ele ouviu lá no saguão da senzala, na reunião dos cablocos, da negritude, e do pajé assustado!

Depois fez-se uma "mandinga" para passar logo a tempestade, e dar benção a missão. --Antes estavam todos ocupados, buscando provisões!

O menino da aldeia, um dos mais novos, preocupou-se! Astuto, convidou e foram atrás: trouxeram xintarum. Na aldeia e na senzala, anciãos, curumim e cunhatã, agradeceram em ritual.

Em seguida, o menino, o astuto, sorridente, levantou-se e foi... Num caminho ladrilhado, com pedras arrumadas, brilhantes, indicando as pegadas do destino: e certo, retilíneo.

Era noite iluminada. Ao longe, no mesmo caminho, a silhueta do guerreiro, ergueu-se ereta, rente ao monte logo adiante.

Na aldeia e na senzala, os que ficaram, todos sabem, o menino astuto, é forte, é valente e inteligente!

Ao nobre amigo Adilson Dias, na busca incansável de ajuda aos povos indigenas.

Carlos A. Barbosa

Carlos Alberto Barbosa
Enviado por Carlos Alberto Barbosa em 18/10/2021
Código do texto: T7366068
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