O SUSTO DO SÉCULO
O SUSTO DO SÉCULO
Carlos Roberto Martins de Souza
Ficar trancado em casa na pandemia
Parecia ser o maior susto deste século
Todo mundo amedrontado em agonia
O cidadão preso se sentiu um acéfalo
Mal sabiam que o pior estava por vir
Povos dependentes da tal tecnologia
Eles ficaram sem saber para onde ir
Pois se tornaram escravos da tal maniap
Meu avo dizia este mundo vai mudar
Quando isto acontecer vai assustar
Nem mesmo o homem vai se explicar
É só esperar para ver no que vai dar
Os maiores amigos do homem fugiram
Facebook Instagram WhatsApp cairam
Foi um susto grande quando eles viram
O auê que no mundo inteiro provocaram
Até a Bolsa de valores perdeu pontos
Pois os valores da humanidade mudaram
Escravos da tecnologia ficaram tontos
Quando sinais de comunicação falharam
Foi uma confusão um salseiro danado
Todo mundo com aquela cara de espanto
Era gente desesperada para todo lado
Tentando acreditar e enxugar o pranto
Os dedos coçando e caçando o teclado
Longa espera com horas intermináveis
A angustia veio o mundo ficou isolado
Pintaram os pensamentos abomináveis
Nos tornamos amigos de "face" de “insta”
Sem falar do "Zap" que é a moda cruel
A pane global foi terrível e deu na pinta
O homem já não sabe qual é o seu papel
As mãos trêmulas e os dedos estalando
Ser escravo pode ser prejudicial à saúde
Mas os que percebem acabam se calando
Sem perceber a amplitude da sua atitude
O ser humano se viu preso ao convés
Da sua moderna embarcação tecnológica
“Diga-me seu Zap e te direi quem és!”.
Vou te provar que sua vida não tem lógica
Não precisa de esforço para ver o celular
O bendito telefone está por toda a parte
É um círculo vicioso e até maldoso teclar
Ser amante da tecnologia virou uma arte
Fica dado o alerta e também o recado
Procure se cuidar e também se policiar
O mundo não está mesmo preparado
O susto do século fez o mundo tumultuar