O passado que mergulho.

prendo-me ao costume de olhar o passado,

de investigá-lo

incessantemente

atrás dos artistas e das músicas,

ainda desconhecidos.

atrás de obras, esculturas e belas pinturas;

atrás

de estudar culturas e de tentar compreender

comportamentos, filosofias, pensamentos...

atrás, sempre atrás

do mundo ultrapassado;

daquilo que, atrás de mim,

permanecerá eternamente imutável...

não mergulho mais naquele meu passado,

o pessoal, o indecifrável e inesquecível.

não mergulho mais

nas decisões estúpidas,

nas decorrências catastróficas,

nos fracassos, e nas desistências,

nos derradeiros abraços que partiram

meu corpo ao meio...

não me açoito propositalmente,

nem mergulho mais

no (auto) julgamento

impiedoso, decisivo, e intransferível...

neste passado, amargo o medo

de ancorar.

[dsouza]

DeynoD
Enviado por DeynoD em 30/09/2021
Reeditado em 30/09/2021
Código do texto: T7353526
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