Errantes
Errantes caminhos nessa estrada de infortúnios,
embriagando-me no alvor dos meus sentidos,
entre amarras tu me ofertas novos sonhos,
com palavras balbuciadas por essa boca esquiva.
Errantes caminhos perseguidos entre medos,
no ardor desse teu corpo intenso, alucino!
No deserto dessas lembranças tênues, me perco.
Desvanecem entre medos meus desejos.
Novos voos ao teu encontro, desabrocham,
premeditando doces momentos ao teu convívio.
Destituído desse ardor que outrora fomos,
Escancarando meus delírios, nesses embates.
Errantes são os passos que nos levam sempre,
percorrendo mesmas estradas de amantes.
É tarde para novos planos e confidências tênues.
Complacente esse tempo em nossos descaminhos.