O ódio desértico dos vossos olhares.
Eu não tenho vergonha dele, tenho deles, eles são perigosos, estúpidos, terríveis leões.
Representam uma terra desértica, ululam o dia inteiro, comendo o solo sem grama, vivem em um campo sem adubação.
Gado, gado, a diferença fundamental a boiada ainda tem sal e silagem.
Cultuam a ignorância, não sabem o quanto são inúteis , o fenômeno das representações fúteis.
Com efeito, a burrice é maior que o analfabetismo, o que fazer, nada, não existe perspectiva para o solo improdutivo.
O preconceito de um tupiniquim, então aqueles que comem o vento, metafisicando o tempo, salvando a perdição.
Muito melhor acreditar nas cores do infinito, como alguém pode prender-se no delírio, vivendo a loucura, soçobrando em um rastro de perversões.
Com efeito, como sonhar a ternura em um mundo de assombrações, a demonização do céu epistemologizado.
As vossas pessoas o mundo destruído, triste, muito triste, suas eminências.
Como tive sorte sair deste pandemônio, não vivo sequer as recordações, sei que o inferno as suas condecorações.
O futuro a continuidade da estupidez, o olhar espúrio das vossas hermenêuticas, a estrutura psíquica do próprio habitat.
Serem o inferno a razão das vossas predestinações.
Edjar Dias de Vasconcelos.