Dilema miguelalvense
Tudo novo, diferente. Um averso. Calma eu explico o porquê. A tradição que nos acompanha pela repetição de atitudes em coletividade garante a nossa identidade coletiva. Nos torna similares pelo contexto em que vivemos. Assim sendo, os festejos de São Miguel Arcanjo que marca a singularidade de ser habitante de Miguel Alves teve também que se reinventar na pandemia chinesa, que já não é há muito tempo só do país asiático.
Um dilema, como se adaptar se vai alterar os elementos que o identificam. A mudança completamente se torna vicissitude completa. E assim, não seria mais festejo, seria outra coisa e provocaria o estranhamento. Esse sentimento nos separaria pela dessemelhanca ou nos uniria para devolvemos de volta a nós mesmos a identidade "roubada".
Mas é se alternado para sobreviver, que buscamos fazer o nosso festejar. Algumas coisa devem inevitavelmente permanecer porque tradição é permanência, não fugacidade. Essa exigência que nos impõe é um desafio a reinventar-nos sem nos perder.
Vamos sentir a diferença é verdade, vai doer não celebrar do jeito que estávamos acostumados. Talvez seja um momento de reinvenção além da tradição, mas uma recriação de nós mesmo interiormente. Não para sermos unidos e fraternos plenamente
não tenho forças para acreditar nisso.
Mas é possível se recriar para num futuro celebrar com mais sabor, quem sabe até dá mais valor e crescer nessa celebração da tradição que nos identifica e nos faz ser coletividade, semelhança e unidade no meio da nossa complexa individualidade.
TRADIÇÃO, REINVENÇÃO é o que temos para viver e quase esqueci, SOBREVIVER.