(In)cômodo

Recolhido ao cômodo...,

Reverbera o incômodo.

Acolhe a inquietude.

Deixe-a repousar em teu peito.

Apodrece teus vícios.

Abandona a infâmia das reações sobejantes.

Revigora tua alma!

Do lugar onde estou (,) liberto de ti (mim),

Vejo-o preso e inquieto.

Movimento latente dessa alma.

Não chores por estar só.

Ao contrário, abandona-te também!

A cada dia um despir-se e despedir-se de si.

Não há mais tempo a perder.

Mas há o preço..., que é o luto constante de tua própria morte.

No entanto, é perene o crédito da vida.

Tudo isso..., desse lugar (in)cômodo.

Ipatinga, 18 de setembro de 2021.

Anderson Aquiles
Enviado por Anderson Aquiles em 18/09/2021
Código do texto: T7345197
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