(In)cômodo
Recolhido ao cômodo...,
Reverbera o incômodo.
Acolhe a inquietude.
Deixe-a repousar em teu peito.
Apodrece teus vícios.
Abandona a infâmia das reações sobejantes.
Revigora tua alma!
Do lugar onde estou (,) liberto de ti (mim),
Vejo-o preso e inquieto.
Movimento latente dessa alma.
Não chores por estar só.
Ao contrário, abandona-te também!
A cada dia um despir-se e despedir-se de si.
Não há mais tempo a perder.
Mas há o preço..., que é o luto constante de tua própria morte.
No entanto, é perene o crédito da vida.
Tudo isso..., desse lugar (in)cômodo.
Ipatinga, 18 de setembro de 2021.