Desesperança
Sentado na janela
Observando o sol poente
Vejo a humanidade caminhando
Solitária e doente
Sob um prisma de ilusão e fantasia
Perdem-se o encanto, o amor e a magia
Depois de tudo que vivi
Eu tentei ficar
Mas desisti
Às vezes o preço é alto
E cobra nossa paz
Nem sempre uma relação
Consiste em ser um bom rapaz
Ego é um calabouço
Que aprisiona a liberdade
Une o desinteresse
Com a falta de vontade
O céu está cinzento
E de dia enxergo a Lua
Difícil é encontrar alguém
Que esteja disposta a ser sua
Não por posse, nem por propriedade
Mas dedicar-se com afinco
E caminhar ao lado em verdade
Faço conjecturas
Escrevo versos ao vento
Crio viaturas
Que prendem palavras no pensamento
Espero de porta aberta, quem aberta for
Embora não tenha grandes expectativas
Sobre o que chamam de amor