AS BAGAGENS DO TEMPO

Pouco a pouco

A vida me escorria das mãos

Feito areia fina das dunas

Ou um líquido que não podemos reter

Apenas percebemos as mãos molhadas

Que expostas ao vento

Rapidamente secam...

Eu? Eu nada podia fazer

Não tinha meu destino nas mãos

O tempo me roubara tudo:

Vontade, fé em mim, descrédito nos seres humanos

Apenas me deixava levar

Arrancando das folhas do calendário

Os dias que se iam

Reduzindo cada vez mais

A sacola onde eu guardava o tempo...

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09.09.21

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 09/09/2021
Código do texto: T7338747
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