Conto/ Cena
Conto e reconto
Repasso e me refaço
Deixo histórias perdidas
Algumas mais sofridas
Relembro memórias vividas
De tempos que deixei atrás
Já fui
Não sou mais?
Ressoa em mim meu tato
Relanço em meus retratos
Fingi ser outrora ela
Em tua homenagem acendi uma vela
Em meu corpo falo o que sinto
Em meus versos eu brinco que minto
Com liberdade em ser o que sou
Foi passar
E não passou
Por que? Maldito amor.
Mal digo tua sorte
Mal ligo para o que diz
Eterna, eterna aprendiz
De feiticeira
De arteira
De quem quer ser e não é nada
Aparece sempre a minha estrada
Oh... minha poesia
Cadê tu?
Melancolia
ERA sombria
Tempos que ia
E não vai mais
Tanto fiz!
Tanto fiz!
Tanto... fiz...
Tanto...
Tanto faz?
Jaz
Já sinto
Jaz
Não sinto
Jaz
Eu minto
Aqui, tenaz
Aqui, Jaz.
Faz...
Faço que sou
Quem me detestou
Quem um dia amou
Quem me trouxe a morte
Vou parar aonde, sorte?
Em teu ventre esguio
Teu olhar doentiu
Teu corpo frio
ERAS... que sorriu
Sou...
Só
Só, ri
Só, vim
Só, estou
Sou... ah
Atriz.
Corta!
Adeus, adeus
Menina torta.