TEMPO PERDIDO
Sem vida social e sem o perdão do tempo.
Tantos dias limpando o carro,
E depois de corpo e alma em “desamarro”,
O carro ficou e ele partiu de corpo limpo.
Não visitou os lugares que queria,
E nunca fez o que sempre sonhou,
E no tempo perdido, a sua hora chegou!
Não percebeu a morte celular da pele
Embora as marcas o avisassem.
O tempo passa e não perdoa!
E quando o sino “soa”,
Não há quem apele.
Sujeito tolo!
Não viveu,
Apenas assistiu da janela
O passar da vida,
E na hora de sua partida,
Nada levou!
A não ser, a sua própria solidão!
Se ele amou, nada disse!
E, enfim, nem a velhice,
O esperou.
A sua hora chegou!
E se amou nada disse!
Tão apegado à matéria,
Que de si próprio esqueceu!
E morreu, antes mesmo de morrer.
Quem será este?
Que tu leste
E quase se reconheceu!
E se ainda pensamos no tempo perdido,
Ainda há tempo para repensá-lo.
E vivê-lo,
E amá-lo!
E tê-lo, em vida!
O tempo é curto!
É “ouro”
É “tesouro”;
E é um surto,
Perdê-lo!
Ênio Azevedo
Sem vida social e sem o perdão do tempo.
Tantos dias limpando o carro,
E depois de corpo e alma em “desamarro”,
O carro ficou e ele partiu de corpo limpo.
Não visitou os lugares que queria,
E nunca fez o que sempre sonhou,
E no tempo perdido, a sua hora chegou!
Não percebeu a morte celular da pele
Embora as marcas o avisassem.
O tempo passa e não perdoa!
E quando o sino “soa”,
Não há quem apele.
Sujeito tolo!
Não viveu,
Apenas assistiu da janela
O passar da vida,
E na hora de sua partida,
Nada levou!
A não ser, a sua própria solidão!
Se ele amou, nada disse!
E, enfim, nem a velhice,
O esperou.
A sua hora chegou!
E se amou nada disse!
Tão apegado à matéria,
Que de si próprio esqueceu!
E morreu, antes mesmo de morrer.
Quem será este?
Que tu leste
E quase se reconheceu!
E se ainda pensamos no tempo perdido,
Ainda há tempo para repensá-lo.
E vivê-lo,
E amá-lo!
E tê-lo, em vida!
O tempo é curto!
É “ouro”
É “tesouro”;
E é um surto,
Perdê-lo!
Ênio Azevedo