INFÂNCIA ROUBADA

Lá vou eu

Em mais um dia de labuta

Numa rotina turbulenta

Enfrentando o perigo na pele

Na selva de gente adulta

Diariamente sobrevivo...

Seguindo clientes em busca do pão

Para no final de um dia do cão

Levar um mísero pedaço ao irmão

Que aguarda ansioso sentado no chão

Filho sem afecto cresci

De um pai violento fugi

Desde pequeno aprendi

Que precisava ser um guerreiro

Pois daquele a quem esperava um carinho

Encontrava apenas a dor de um punho

Nasce um ponto de luz...

Naquela escola precaria

Busco esperanças...

Para que um dia

Possa mudar a rotina precária

Que de geração à geração

Esta família não varia.

À Deus entrego a minha fé

Com lágrimas nos olhos e joelhos no chão

Peço amor, carinho e protecção

E a esperança...

De uma vida melhor.

Djalma de Andrade Boavida Agostinho e Tatiana Agostinho
Enviado por Djalma de Andrade Boavida Agostinho em 02/09/2021
Reeditado em 03/09/2021
Código do texto: T7333952
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