INSÔNIA
Um homem da capa preta, invade o meu quarto.
Sorrateiro , violento, rouba o meu rancho de paz.
Montado em meu cavalo Pegasus,
Sigo sem rumo e direção
por montanhas de pensamentos.
Em galope, vejo objetos maximizados
Também ouço cânticos de sereias, sentidos alterados
Mamando no peito de mãe Isaura, escrava da tranquilidade.
Um delírio, um deleite, fuga da realidade .
Sou instigado a matar Sócrates e Platão
Como um radical, contrário ao pensamento salutar.
O caos invade noite a dentro, uma confusão
Flashes culturais do além mar
No frio da madrugada
Me encontro nos becos românticos de Lisboa
Fito a dama de vermelho
Alimentando fantasias
Numa sala um espelho
Um reflexo orgânico
Da mais pura imersão.
Essa dama de vermelho, esse homem da capa preta, essas sereias de escamas
Não passam de fantasias oníricas
Que roubam mais uma noite de sono
Em troca de ilusão .