Essas fronteiras
Essas fronteiras intransigentes, que não libertam,
gerando fictícios muros nesse mundo inconcebível,
perpetuando vidas separadas entre medos,
transgredindo sentidos entre palavras absortas.
Fronteiras destoantes da liberdade, nesses caminhos,
aprisionadas, separando, desmedidas, entre silêncios.
Fronteiras entre países, fronteiras entre culturas,
sempre fronteiras, sempre distanciamentos, punindo.
Fronteiras intolerantes investidas dessa acidez permanente,
lugares ermos, com suas grades invisíveis, intocáveis,
mas sempre fronteiras que inibem, incompreensíveis,
inexplicáveis nesses aprisionamentos engendrados.
Quem inventou essas fronteiras? Quem tolheu essa liberdade?
Para que esses limites tão difusos que aflige, que inibe.
Fronteiras que separam vidas, que separam, que oprimem.
Fronteiras que silenciam, que escraviza, nesses tempos absurdos.