[Ah, ETERNIDADE... olhai por nós] (Dueto)
Entre suspiros
Deixo-me navegar
Por esse céu infinito
Será
O Céu
O Caminho?
Eis, que intrigada
Ao Céu pergunto: És, tu
Caminho para a eternidade?
Ah, eternidade!
Quantos pensamentos
E pensares estigas e já estigou?
[Continuo
A navegar pelo azul...
O céu não tem fronteiras...
Seria um "tempo"...
ou seria, na verdade,
um "místico espaço"?
Às vezes (e não são poucas) m'emudeço diante do infinito
E observo-o, como que a procurar por algo (qu'eu nem mesma
... sei o que busco) e, será que era o que hora busco, o caminho?
Minh'alma a olhar, tateante,
n'uma paradoxal condição, em que s'encontra
... de quando em quando ansiosa e por vezes... silenciosa
Ah, eternidade!
Um delírio tanto para poetas
quanto para outros tantos astrofísicos
Ao que frente ao seu nome
muitos tomados são por agonias e incertezas
E, eu não fujo à regra, e então me lanço ao teu encontro...
E, em verdade,
fico-me a pensar se ela,
a Eternidade, de nós não riria
Claro! Não de zombaria
Mas por sábia compreensão
de nossa ignorância e inquietações...
Pelo que tantos se angustiam por suas dúvidas
E, mais ainda, pelos milhões que "perdem seus tempos"
em suas vidas esvaziadas de objetivos enobrecidos e no bem...
Ah, eternidade!
Oh! Quem dera se fosse tão amada
pelo tanto que é temida! Ela que um dia nos abraçará (a todos)
Ah, ETERNIDADE...!
Eis que, ainda apegados somos pelo tempo
(e, que em verdade, neste mundo... acaba), olhai por nós!
“H” e Juli Lima
Amazing Grace- Gaita de foles (Ouça)
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