Sem controle
Sentado, num bar.
Tudo está claro.
Nada está resolvido.
O tempo segue,
o sol se põe e
o álcool começa a fazer efeito.
Você não está bêbado,
mas o peso da sobriedade
está dando o descanso merecido.
Sentado, num bar, claro
as coisas se desembaralham
e começam a fazer sentido.
Olho para além dos copos
das garrafas, dos alcoólatras e sorrio
apesar de nada estar bem.
Os bebuns, aos poucos,
viram deuses felizes e amargurados
que esmagam a conversa
fiada da fé e da autoajuda em segundos.
É uma pena,
é realmente uma pena
tudo isso ser tão efêmero.
Mas, e se não fosse?
Ainda seria algo tão mágico?
Ainda seria algo tão
sagrado?