CABEÇA RAPADA

É assim que me querem ver?

Com a cabeça raspada...

Lisa pela lâmina da tristeza

Visando aparência estética da beleza

De um ser que não sou

Por uma regra sou padronizado

Excluido e marginalizado

Ironicamente...

Atribuído uma fisionomia alheia

Lutando diariamente contra o preconceito

E contra a estupidez da descriminação

Dos que dizem ser parte dos assimilados

Mas vivem oprimidos e escravizados

Ainda que se sintam livres

Subvertidos pela dominação

Que nada abonam ao grito dos excluídos

Assim constroem esta sociedade fictícia

Repleta de valores da ignorância

Alicerçada em padrões convencionais

Sem liberdades individuais.

Djalma de Andrade Boavida Agostinho
Enviado por Djalma de Andrade Boavida Agostinho em 24/08/2021
Reeditado em 24/08/2021
Código do texto: T7327428
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