CABEÇA RAPADA
É assim que me querem ver?
Com a cabeça raspada...
Lisa pela lâmina da tristeza
Visando aparência estética da beleza
De um ser que não sou
Por uma regra sou padronizado
Excluido e marginalizado
Ironicamente...
Atribuído uma fisionomia alheia
Lutando diariamente contra o preconceito
E contra a estupidez da descriminação
Dos que dizem ser parte dos assimilados
Mas vivem oprimidos e escravizados
Ainda que se sintam livres
Subvertidos pela dominação
Que nada abonam ao grito dos excluídos
Assim constroem esta sociedade fictícia
Repleta de valores da ignorância
Alicerçada em padrões convencionais
Sem liberdades individuais.