Energia cósmica
Quem eu sou? A minha identidade?
Aonde será a minha morada?
Onde habita a verdade?
Qual a razão da vida?
Sinto falta do oxigênio puro –
Das esplendorosas árvores,
Com as sombras e seus favores.
Pareço ser uma energia cósmica...
Na imensidão louca.
Vagando pelo universo –
Afim do singular em meus versos,
Desvencilhando do agouro.
Há uma grande vontade – Um desejo –
Que me provoca a ânsia.
De um cantinho – A distância –
Para chamar de meu.
E não é este aqui – Fico ao leu,
Um sonho – O ensejo.
Como se não existisse a noção:
Espaço – Tempo – Ação.
Completamente bagunçado,
Às vezes, destroçado.
Como respirar? Sem ar –
Faço parte desse lugar?
Muito complexo –
Não há eixo.
Será que no final das contas,
Sempre terei esta certeza –
Sobre a minha natureza.
De ser realmente quem sou –
O particular sol.
Em um mundo diferente.
A literatura - No fim afronta,
A dimensão ausente –
De tudo o que denote.
O verdadeiro sentido – O anzol.